quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

John Fante

John Fante (Denver, 8 de Abril de 1909 — Woodland, 8 de Maio de 1983) foi um romancista ítalo-americano.

Biografia
Foi educado em Boulder e cursou na Universidade do Colorado. Logo mudou-se para a Califórnia. Começou a escrever em 1929, tendo seu primeiro conto publicado na revista The American Mercury em 1932. Seu primeiro romance, intitulado "Espere a Primavera, Bandini" foi publicado em 1938. No ano seguinte acontece o divisor de águas de sua carreira, "Pergunte ao Pó".

Escreveu ainda Rumo à Los Angeles, que mostra a fase mais madura de sua personagem, e alter ego, Arturo Bandini, um ítalo-americano amargo que cresce em plena recessão americana, e tenta levar a vida empregado como operário em fábricas. Bandini exemplifica a falta de perspectiva do pós-guerra e os efeitos da crise de 1929. Fante fez roteiros para Hollywood.

Em 1955 foi diagnosticado que sofria de diabetes, doença que o deixaria cego em 1978. Ainda assim ditou seu último livro, "Sonhos de Bunker Hill" para esposa, Joyce. Morreu aos 74 anos em 8 de maio de 1983 na Califórnia. Seu filho, Dan Fante, escreveu um romance sobre a morte do pai intitulado Chump Change, ainda inédito no Brasil.

A biografia de John Fante foi publicada por Stephen Cooper no ano de 2000.
Seu humor cáustico impressionou, entre outros, Charles Bukowski,uma vez que seu alter ego Henry Chinaski manifesta expressamente em Cartas na Rua (também em Pedaços de Um Caderno Manchado de Vinho, Mulheres), que seu autor preferido era John Fante. F-A-N-T-E, enfatiza.

Bibliografia
Espere a Primavera, Bandini (1938)
Pergunte ao Pó (1939)
Dago Red (1940)
Full of Life (1952)
Bravo, Burro! (1970)
The Brotherhood of Grape (1977)
Sonhos de Bunker Hill (1982)
1933 foi um ano ruim (1985)
Rumo a Los Angeles (1985)
O Vinho da Juventude (1985)
A Oeste de Roma (1986)
Prologue to Ask the Dust (1990)
The Big Hunger (2000)
The Bandini Quartet (2004)

Citações
Os dias magros, céus azuis sem nunca uma nuvem, um mar azul dia após dia, o sol flutuando através dele. Os dias de fartura - fartura de preocupações, fartura de laranjas. Comidas na cama, comidas ao almoço, engolidas como jantar. Laranjas, cinco centavos a dúzia. Luz do sol no céu, suco do sol no meu estômago. No mercado japonês, ele me via chegando, aquele japonês sorridente com rosto de lua, e pegava um saco de papel. Um homem generoso, me dava às vezes quinze, às vezes vinte por um níquel.

Que bem faz a um homem se ele ganha o mundo inteiro, mas sofre a perda de sua própria alma? E então aquele pequeno poema: Tome todos os prazeres de todas as esferas, multiplique-os por anos intermináveis, um minuto de céu vale todos eles.

Melhor ser um covarde vivo do que um maluco morto.

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