Eramos todos frutos do sexo
De entradas e saidas
Diurnas
Noturnas
Tardias
De seres distantes
Diversos
Dispersos, em suas camas
Nos lares, os que orgulhavam, e os que envergonhavam
Tinhamos uma necessidade imensa de ser
O ser não era humano
O ser
De saber e de ser
O que tinhamos medo
O que era impuro
O que acreditavamos não ter sentido
Eramos frutos da vergonha de uns
E da alegria de outros
Por combinarem seus sexos e darem a luz
A seres que seriam os próximos reprodutores
E que fariam tudo denovo
Talvez não tão bons quanto essa safra
Ou piores que as próximas
Os as primeiras
Que julgavam
E censuravam
Os jovens, os velhos
Que pensavam em expandir suas verdades
Uns diziam sobre como foder como coelhos
Outros diziam que a fé era a verdade que todos precisavam
Todos eram loucos
E lúcidos
E o tempo passava pra eles
E as verdades voltavam a tona
E eu não queria mais tentar entender tudo isso
Por isso escrevo esse poema
Pra que daqui pra frente
Possamos ser livres e libertinos
Não necessáriamente nessa ordem.
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