E lá estava ela
Surgiu da noite
Lembrava as vanguardas francesas
Tinha um olhar sereno
Lábios vermelhos
Que diziam tanto
E nada diziam
Noites se seguiram
E com elas várias coisas aconteceram
Ninguém cantava nas madrugadas como ela
Tinha um jeito único de mexer com as mãos
E de tentar encontrar a pureza onde não existia
O momento mais comum
Se transformava num momento eterno
Sorria com o rosto
Ali tinha verdade
Paciente
Sempre paciente
Foi atingida
Diversas vezes pela vida
Passou dias nem tão serenos
Tatuou o braço e carregou tênis neles
Era um M
Era uma mulher
Que também chorava
Mas escondia as lágrimas
Porque seu sorriso
Era o que melhor tinha pra dar
Todas as linhas ficariam curtas
Se a linha que nos une se apagasse
Porque viver com você
É viver.
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